O diretor do novo Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), Elias Moraes de Araújo, destacou na tarde desta quarta-feira, 8/11, que o sucesso da bioeconomia na Amazônia passa diretamente pelo fortalecimento das cadeias produtivas, pela geração de valor agregado aos insumos e a consequente integração entre Institutos de Pesquisa, Poder Público e iniciativa privada.
“Todos nós somos conhecedores da amplitude da Amazônia, mas precisamos buscar iniciativas que possam contribuir com o fortalecimento das cadeias produtivas, incentivando a geração de valor agregado aos nossos insumos amazônicos, pois há muito desperdício”, afirmou Elias, durante participação no painel ‘Bioeconomia e a Amazônia” realizado no segundo dia da Feira de Sustentabilidade do Polo Industrial de Manaus – FESPIM 2023 que encerra nesta quinta-feira (9), em Brasília.
Ao defender a adoção da economia circular como alternativa ao desperdício e à geração de valor agregado aos insumos amazônicos, Elias destacou como exemplo uma das principais pesquisas desenvolvidas pelo Centro de Bionegócios da Amazônia, o projeto curauá (Ananas erectifolius).
“O curauá é da mesma família do abacaxi, fruto que desperdiçamos mais de 15 toneladas. Das folhas do curauá nós conseguimos extrair uma fibra tão resistente que pode ser usada na substituição parcial da fibra de vidro, podendo ser utilizada pela indústria como uma inovação no processo de produção de carenagem de aparelhos celulares, na indústria automotiva e também na produção têxtil”, destacou Elias ao exibir para o público presente, amostras das fibras de curauá, peças plásticas já produzidas a partir da pesquisa e mudas da planta in vitro.
O novo gestor do CBA afirmou ainda que como o Centro já detêm personalidade jurídica a partir do contrato de gestão assinado com a Fundação Universitas de Estudos Amazônicos – FUEA, será possível firmar parcerias com os Institutos de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICT’s) e universidades no sentido de promover uma ampla rede de cooperação visando a promoção de negócios no âmbito da economia verde.
“O CBA sozinho não terá sucesso. Não temos a pretensão de trabalharmos de forma isolada. Estamos criando um ecossistema com todos os 17 institutos e as universidades em prol desse desafio de alavancar a marca Amazônia”, afirmou ele ao destacar a qualidade das pesquisas desenvolvidas na Universidade do Estado do Amazonas (UEA), importante parceira do CBA, juntamente com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
Além de Elias, participaram também do painel ‘Bionegócios e Amazônia’ o professor do Departamento de Ciências Florestais da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Sérgio Gonçalves, Alfredo K. Oyama Homma, pesquisador da Embrapa do Pará e Ricardo Ludke, diretor da Br Arbo Gestão Florestal S/A.
A FESPIM 2023 é uma iniciativa da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e do Instituto de Inteligência Socioambiental Estratégica da Amazônia (Piatam) sob a organização da Eckos Produções.
Informações: Tereza Teófilo – Assessoria de imprensa CBA
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