CBA receberá mais de R$ 10 milhões da FINEP em acordos intermediados pelo MDIC

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O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), por meio da Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria (SEV), intermediou, nesta quarta-feira (7/5), assinatura de quatro acordos com a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), que resultarão em investimentos de R$ 29,7 milhões para pesquisa, desenvolvimento e inovação, com aproximadamente R$ 24 milhões para região Amazônica, dos quais R$ 10 milhões serão destinados ao Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA).

“Nesses quatro projetos, temos pesquisas para substituir produtos por biodegradáveis; para biorrefino; reestruturação de acervo científico; e pesquisa na área de medicina, com possibilidade de tratamento de glioblastoma (tumor cerebral), uma das neoplasias mais difíceis de serem enfrentadas”, enumerou o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin.

Além dos quatro acordos, o ministro também destacou a doação de cinco terrenos da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) para o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).

“Essa transferência permitirá a instalação de laboratórios, sempre com o objetivo de geração de emprego, de renda, agregação de valor, inovação e desenvolvimento da região amazônica”, completou Alckmin.

“Entre os projetos, temos a reestruturação do acervo científico do CBA, que tem uma coleção de três mil microrganismos com diversas funcionalidades para a agricultura, produção de cosméticos e produção de fármaco”, destacou o secretário da SEV/MDIC, Rodrigo Rollemberg.

O acordo de reestruturação e preservação do acervo científico do CBA conta com valor aprovado de R$ 7,5 milhões e tem como objetivo modernizar a coleção de microrganismos. A proposta prevê modernização de laboratórios, melhoria nas condições de armazenamento, informatização do acervo e mais acesso à informação para pesquisadores e sociedade.

Os outros três acordos preveem aportes parciais para o CBA. Desses, o mais importante está relacionado à rede de biorrefino da Amazônia.

O projeto reúne instituições de pesquisa com intuito de criar modelos de negócios que transformem resíduos de cadeias produtivas em produtos sustentáveis que gerem renda para comunidades locais. O CBA receberá R$ 2 milhões para desenvolver tecnologias de produção de bioetanol por meio desse projeto.

“Esse é um projeto que busca melhorar a infraestrutura laboratorial de várias instituições de pesquisa que fazem biorrefino, além de desenvolver três microbiorrefinarias pilotos”, detalhou Rollemberg.

Outro projeto de destaque trabalha no desenvolvimento de uma nova terapia para o combate do glioblastoma multiforme, responsável por tumores cerebrais, com participação do CBA em parceria com outros institutos de pesquisa com o IPT e USP.

Por fim, o quarto projeto, da empresa Tutiplast, conta com o suporte do CBA para desenvolver produtos de materiais compósitos (mistura de fibras naturais e polímeros sintéticos), além de desenvolver as cadeias produtivas desde a base, por meio do plantio de curauá (bromélia amazônica) e apoio à produção em comunidades locais.

Fonte:
Fotos: Júlio Cesar Silva / MDIC

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