Nesta quinta-feira, 3 de outubro, a rainha da Dinamarca, Mary Elizabeth Donaldson, visitou o Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), localizado no Distrito Industrial de Manaus, zona sul da capital amazonense. A visita faz parte de uma programação oficial no Brasil, com compromissos voltados para a biodiversidade, um dos pilares da Nova Política Industrial do Brasil.
A monarca foi recepcionada pelos gestores do CBA, que apresentaram as potencialidades da instituição e o novo modelo de atuação, focado no fortalecimento da bioeconomia amazônica. O CBA tem buscado promover conexões entre investidores, empresas do Polo Industrial de Manaus e atores do ecossistema de inovação, visando fomentar negócios que gerem emprego e renda, ao mesmo tempo que agregam valor às comunidades tradicionais e povos originários, protegendo e conservando a biodiversidade da região.
A visita foi conduzida pelo diretor-geral do CBA, Márcio de Miranda Santos, pela diretora de Bionegócios, Andrea Lanza, e pelo diretor de Operações, Caio Perecin. Marina Lima, secretária executiva adjunta do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), também esteve presente.
Durante a visita, a rainha conheceu os laboratórios do CBA e as principais pesquisas desenvolvidas pelos Núcleos de Bioinsumos, Tecnologia Vegetal, Materiais e Energia, Produtos Naturais, além da Central Analítica. A rainha conversou com pesquisadores e ficou impressionada com o potencial dos insumos amazônicos, utilizados na produção de pigmentos naturais, biofertilizantes e biodefensivos. Ela também participou de uma degustação de produtos de panificação sugeridos para a merenda escolar, testou um esfoliante nas mãos e fez o uso rápido de um descongestionante nasal produzido a partir de insumos da floresta com propriedades medicinais.
A rainha também se mostrou interessada pela fibra de Curauá e pela celulose bacteriana, extraída da Kombucha.
A Dinamarca é um dos países que contribuem para o Fundo Amazônia, o que reforça o compromisso do país com a conservação ambiental.
Ao final da visita, a rainha expressou gratidão pela oportunidade de conhecer as iniciativas do CBA. “Muito obrigada por me informar sobre o que está acontecendo e como podemos colaborar. Foi muito inspirador e fascinante”, declarou.
Para o diretor-geral do CBA, Márcio de Miranda Santos, a visita de Mary Elizabeth foi especialmente oportuna, permitindo que a monarca conhecesse os desafios enfrentados pelas comunidades locais devido à redução dos níveis dos rios, causada pela estiagem.
“A Dinamarca entende claramente que o desmatamento e as mudanças climáticas são questões globais, e todos os países têm algo a contribuir, seja por meio de investimentos em empresas ou no desenvolvimento de energias renováveis. A conservação da biodiversidade e o uso sustentável dos recursos naturais são preocupações particularmente importantes para os países escandinavos, como a Dinamarca”, afirmou Márcio.
Sobre a visita ao CBA, Márcio destacou o interesse da rainha pelos projetos apresentados. “Ela gostou muito dos projetos que mostramos. Dissemos a ela que, com o envolvimento de empresas e investidores, podemos levar essas iniciativas ao mercado, gerando emprego, renda e qualidade de vida com o uso sustentável da biodiversidade amazônica. Nos colocamos à disposição para futuros diálogos visando uma eventual parceria”, concluiu.
Além da visita ao CBA, a rainha esteve no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), onde conheceu projetos de preservação, e no Biatuwi, o primeiro restaurante indígena do Brasil, localizado no centro de Manaus.
Texto: Tereza Teófilo – CBA
Fotos: Robervaldo Rocha – CBA